A Igreja de Nossa Senhora do Paraíso tem origem no achamento de uma pequena imagem da Virgem Maria com o Menino Jesus ao colo, nos finais do século XV.
Antigamente, por ocasiões de grandes calamidades públicas, os habitantes de ambas as Aveiras e dos arredores recorriam à Senhora do Paraíso e nela achavam “pronto remédio”.
Depois de construída uma pequena ermida para acolher a imagem milagrosa de Nossa Senhora do Paraíso, e apesar de a população ser muito pobre, o templo foi aumentado através de doações e esmolas, tendo sido consagrado em 1555, conforme consta no pórtico principal.
Naquele tempo, os territórios de Aveiras de Cima e de Baixo estavam sobre a jurisdição da Comenda do Mosteiro de Santos-o-Novo, de Lisboa. A primeira comendadeira a fazer doações à Senhora do Paraíso foi D. Helena de Lencastre, neta de D. João II e de sua amante, D. Ana de Lencastre. Através de um contrato celebrado entre os os moradores da localidade de Vale do Paraíso e D. Helena, foi fundada a Confraria de Nossa Senhora do Paraíso, a 24 de Fevereiro de 1562.
O templo, de pequena dimensão, foi sendo alvo de reformas ao longo dos séculos, o que se constata no seu interior e exterior através dos frescos da abóbada (1671), dos azulejos do século XVII/XVIII, dos altares neoclássicos e da construção da torre sineira, em 1957.
A igreja tem sido gerida pela Confraria de Nossa Senhora do Paraíso desde a sua criação, celebrando este ano 2022, 460 anos de existência ininterrupta.